Friday, February 09, 2007

Aquecimento Global e o Consenso "Científico"

"Como vocês já devem ter escutado muitas vezes, “há consenso entre os climatologistas sobre a crença no aquecimento global”.
Historicamente, aludir ao consenso tem sido o primeiro refúgio dos canalhas: é uma forma de evitar o debate, afirmando que o assunto já está resolvido."

Não sou cientista. Pra ser sincero eu não entendo nada do assunto. O que me anima e me alivia é que eu não sou o único. Sou apenas mais um, como a maioria dos que enchem jornais, noticiários e até filmes com suas previsões absurdas – sem nenhum fato que as sustente – sobre o apocalipse climático que se aproxima.

Chame do que quiser. Pode ser uma desculpa pro antiamericanismo doentio e imbecil (“não assinou Kioto? Toma Katrina!”), talvez a velha repulsa dos idiotas ao capitalismo, e até mesmo a ganância dos cientistas, que com suas previsões finalistas conseguem obter verbas cada vez mais gordas dos governos em nome do combate a um mal que eles sequer sabem a causa ou mesmo se representa algum risco real. Mas infelizmente esse não é nem o ponto principal. O que me causa espanto é que informações importantes sequer entraram no debate. Que a mídia não tenha dado espaço a uma única voz discordante (“cético”) é significativo.

Parece que esperam que toda a humanidade embarque num gigantesco e ambicioso projeto político – provavelmente o maior de todos os tempos – sem ao menos um debate acerca do suposto problema.

Capas da Time: 1945 com planeta derretendo; 1977 com a nova era glacial; 2006 com o alarmismo sobre o aquecimento global


O que se vê no Brasil não é diferente. O que temos aqui nem mesmo pode ser considerado um debate, afinal com quem este está sendo travado? A falta de espaço, as agressões covardes e o processo de vilificação que sofrem os poucos que ousam discordar ou mesmo duvidar do que vem sendo imposto como uma verdade absoluta é absurdo, assim como foi no “debate” sobre o desarmamento. E as semelhanças não param por aí.

Assim como ocorreu com o referendo sobre a proibição da venda de armas, o que temos é a “turma do bem”, que antes eram os ditos pacifistas – artistas famosos que se vestem de branco enquanto andam cercados por seguranças armados, dizendo que civis, por mais aptos que fossem não deveriam andar armados –, e agora os ativistas/pseudo-ambientalistas – essas almas bondosas que não são muito afeitas ao debate – que combatem os vilões que querem destruir o planeta com sua ganância sem limites.

Um trecho do post “Ainda sobre o aquecimento global. E a Pureza Absoluta, mãe de toda corrupção” no Blog do Reinaldo Azevedo dá o tom:

"Sempre que a Pureza Absoluta se coloca diante de mim, sem máculas nem interesses, eu a chamo de Mãe de todas as corrupções. Porque acho que ela tenta tolher a minha liberdade de pensar. E, onde não há pensamento, há morte. Ainda que estejamos todos num paraíso, na maior frescura.
PS: E calma lá. Escrevo o que escrevo por minha conta e risco. Não estou dirigindo nenhuma ONG para combater o aquecimento global, que também já virou um negócio. Sei, o capitalismo com o qual querem acabar é assim: generoso, enriquece até aqueles que vivem de difamá-lo."


Outro detalhe esclarecedor é a forma como todos os que ousam duvidar da “verdade inconveniente” são tratados. “Céticos” é o termo mais comum, mas não é nem de longe o pior (de acordo com a “turma do bem” e ExxonMobill está pagando U$ 10.000 para qualquer cientista sem caráter que esteja disposto a se vender e vir a público afirmar que a tal verdade não passa de um monte de hipóteses e que não se sustenta em fatos).

E já que o outro lado certamente não vai ter vez na mídia (na brasileira então...), republico um extrato que saiu no Mídia Sem Máscara sobre algumas opiniões que divergem daquelas recentemente divulgadas pela ONU ou pelo Sr. Al Gore:

1. The Leipzig Declaration on Global Climate Change - Declaração assinada por cerca de 80 cientistas de várias nacionalidades.
(http://www.sepp.org/policy%20declarations/LDrevised.html)

“Combustíveis fósseis são hoje a principal fonte de energia e ela é essencial para o crescimento econômico. Estabilizar os níveis atmosféricos de dióxido de carbono irá requerer que o uso de combustíveis seja cortado em até 60 a 80% em todo o planeta.

Num mundo onde a pobreza é o maior poluente social, qualquer restrição ao uso de energia ... deve ser vista com cautela.

Baseados nas evidências disponíveis, nós não podemos endossar a visão, politicamente inspirada, que imagina catástrofes climáticas e sugere ações precipitadas. Por esta razão, nós consideramos que as políticas de controle drástico das emissões, como as previstas na conferência de Kioto, carecem de suporte científico crível e são prematuras.”

2. The Oregon Petition Project - Petição assinada por cerca de 17.000 cientistas
(http://www.oism.org/oism/s32p31.htm)

“A hipótese do aquecimento global tem falhado em cada experimento teste relevante. Ela sobrevive somente nos sonhos dos anti-tecnologistas ... Os Estados Unidos estão muito perto de adotar um acordo internacional que propõe o rateio do uso de energia e tecnologias que dependem do carvão, do óleo, do gás natural e alguns outros componentes orgânicos.

Esta ameaça é , em nossa opinião, baseada em idéias defeituosas. Pesquisas sobre as alterações climáticas não mostram que o uso humano de hidrocarnonetos é nocivo. Ao contrário, há boas evidências de que o aumento do dióxido de carbono na atmosfera seria ambientalmente útil.”

3. Carta aberta ao Primeiro Ministro Canadense - subscrita por 60 cientistas do país em abril de 2006.
(http://www.canada.com/components/print.aspx?id=3711460e-bd5a-475d-a6be-4db87559d605)

“Evidências ... não sustentam os atuais modelos climáticos gerados em computador e, portanto, há pouca razão para confiar nos prognósticos deles derivados. Entretanto, isto foi precisamente o que as Nações Unidas fizeram ao criar e promover o Protocolo de Kioto, e ainda fazem com as previsões alarmistas, nas quais as políticas climáticas do Canadá estão baseadas...

Os estudos das mudanças climáticas a nível global são, como o senhor mesmo disse, uma “ciência emergente”, talvez a mais complexa já atacada. Muitos anos ainda serão necessários antes que nós possamos entender adequadamente o sistema climático da terra. Entretanto, avanços significativos foram feitos desde que o protocolo foi criado, muitos dos quais estão nos levando para longe da certeza sobre o aumento dos gases estufa.

“A mudança do clima é real” é a frase sem significado usada repetidamente pelos ativistas para convencer o público de que uma catástrofe climática está prestes a ocorrer e que a humanidade é a causa. Tais preocupações não se justificam. O clima do planeta muda a toda hora devido a causas naturais e o impacto [da atividade do ser] humano permanece impossível de se distinguir.”

4. Conferência do Dr. Michael Crichton, em Washington D.C, jan/2005. (http://www.crichton-official.com/speeches/index.html)
“Como vocês já devem ter escutado muitas vezes, “há consenso entre os climatologistas sobre a crença no aquecimento global”. Historicamente, aludir ao consenso tem sido o primeiro refúgio dos canalhas: é uma forma de evitar o debate, afirmando que o assunto já está resolvido.

Sejamos claros: o trabalho científico não tem nada a ver com consensos. O consenso é algo próprio da política. A ciência, pelo contrário, requer que um só investigador tenha razão, o que significa que obtenha resultados que sejam verificáveis em relação ao mundo real. Em ciência, o consenso é irrelevante. O que importa são os resultados reproduzíveis. Os grandes cientistas da história são grandes precisamente porque romperam os consensos.”

5. Artigo do Prof. Richard Lindzen no Wall Street Journal
(http://www.opinionjournal.com/extra/?id=110008220)

“Afirmações cientificamente ambíguas sobre o clima são injetadas diariamente na mídia pelos interessados no alarmismo, fazendo crescer o suporte político dos “policy makers”, que, como num moto-perpétuo, irão suprir os fundos necessários para mais pesquisas científicas e alimentar mais alarmes para incrementar o suporte político. Afinal, quem colocará dinheiro em ciência – não importa se para a AIDS, o espaço ou o clima – onde não houver nada realmente alarmante? Realmente, o sucesso do alarmismo climático pode ser avaliado pelo aumento dos gastos federais em pesquisas climáticas: de umas poucas centenas de milhões de dólares pré-1990 para US$ 1.7 bilhão hoje. Isto pode ser visto também nos altos investimentos em pesquisas por tecnologias alternativas, tais como energia solar, eólica, hidrogênio, etanol, etc...

Mas há um lado mais sinistro ainda em todo esse frenesi. Cientistas que não concordam com o clima de alarmismo têm visto seus fundos de pesquisa desaparecer, seu trabalho ser escarnecido, além de serem acusados de serviçais da indústria petrolífera, “hackers” da ciência ou coisa pior...”

6. Artigo do Professor Claude Allegre no L’Express, 21/09/06. Allegre é um dos mais condecorados geofísicos franceses e membro das Academias americana e francesa de ciências. É também autor de mais de 100 artigos científicos e 11 livros, tendo recebido inúmeros prêmios científicos. (http://www.epw.senate.gov/fact.cfm?party=rep&id=264835)

7. Artigo de Eugênio Hackbart, da METSUL Meteorologia(http://www.metsul.com/blog/?cod_blog=1)

“Catástrofe de proporções bíblicas, do ponto de vista de uma cobertura equilibrada que se espera da imprensa, é sonegar do público todo o debate científico contrário à idéia apocalíptica que está se tornando senso comum. Nomes de peso da comunidade de meteorologistas e climatologistas, incluindo os maiores especialistas mundiais em algumas áreas da Meteorologia, têm suas opiniões escondidas do público. Caso do Dr. William Gray, o maior expert de furacões na face deste planeta, para quem o desastre proclamado é "bullshit". Nesta semana este blog vai desmascarar parte deste catrastofismo e apresentar dados, divulgados pelas próprias instituições que anunciam este cenário apocalíptico, que ao mesmo tempo são contraditórios e desmentem as informações que são levadas ao grande público. Algum cavaleiro do apocalipse terá ouvidos para algumas verdades inconvenientes ou já estarão preparando a abertura de mais um selo de forma a comocionar a opinião pública?”

8. Artigo de Bjorn Lomborg no The Wall Street Journal(http://www.opinionjournal.com/editorial/feature.html?id=110009552)

“Ele [Al Gore] apresenta fotos retratando os 2% da Antártica que estão dramaticamente esquentando, mas ignora os restantes 98% que têm ficado largamente mais frios nos últimos 35 anos. O próprio painel das Nações Unidas estima que a capa branca da Antártica irá, na verdade, aumentar neste século. Da mesma forma, Mr. Gore fala do encolhimento do gelo oceânico do hemisfério norte, mas não menciona que, no Hemisfério Sul, acontece exatamente o inverso. Nós não deveríamos saber desses fatos?”

9. Para cientista russo, sol é a causa do aquecimento global.(http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1348481-EI299,00.html)

"O aquecimento global é resultado da elevada e prolongada atividade solar que aconteceu na maior parte do século passado, e não se deve ao efeito estufa", disse o cientista à agência russa Novosti. Contrariando a opinião da maioria das organizações de defesa do meio-ambiente, o cientista russo afirmou que a atividade industrial não influencia de forma determinante no clima do planeta, que ao longo dos séculos passou por períodos de aquecimento e esfriamento.
“A população não está em condições de influenciar no aquecimento global da Terra, que, após um período de aquecimento, sempre experimenta outro de esfriamento", disse Abdusamatov. Segundo o cientista, o alto nível de energia solar que chegou à Terra durante o século passado começou a cair nos anos 90 e, em conseqüência, o gradual aquecimento das águas dos oceanos foi detido.
"Entre os anos 2012 e 2015, a temperatura global da Terra começará uma lenta redução, que alcançará os níveis mínimos entre 2055 e 2060", previu. Esse esfriamento será semelhante ao observado entre 1645 e 1715 e que afetou Europa, América do Norte e Groenlândia, e que coincidiu com uma diminuição da atividade solar, período no qual rios europeus como o Tâmisa e o Sena congelaram, afirma o cientista”.

10. Entrevista do Dr. William Gray, meteorologista, maior autoridade norte americana em furacões (http://www.discover.com/issues/sep-05/departments/discover-dialogue/)

“Eu não questiono que esteja havendo um aquecimento global. Houve muito aquecimento também nos anos 1930 e 40. Então, houve um leve esfriamento, de meados dos anos 40 até os anos 70, quando o aquecimento retornou, especialmente nos últimos 10 anos. Esses, porém, são fenômenos naturais, devidos a alterações na circulação dos oceanos e outros fatores. Não são induzidos pela atividade humana.
Quase todos os meus colegas, com 40, 50 anos de atividade na área, são céticos quanto ao poder destrutivo desse aquecimento. Mas ninguém nos pergunta nada. Se você não sabe nada sobre o funcionamento da atmosfera, você irá, é claro, dizer: “veja, os gases estufa estão aumentando e a terra está ficando mais quente, esses dois fatos têm que estar relacionados”. Ocorre que, o fato de haver uma associação entre dois eventos... não implica, necessariamente, que um seja a causa do outro.
Muita gente tem interesse nessa coisa de aquecimento global – todos esses grandes laboratórios, e pesquisas. A idéia é assustar o público e, assim, conseguir dinheiro para as suas pesquisas. Agora que a guerra fria acabou, nós temos que gerar outros inimigos comuns para sustentar a ciência. Que outro inimigo seria melhor que o aquecimento global?
Eu tive financiamentos da NOAA (National Oceanic & Atmosferic Administration) por aproximadamente 30 anos. Então, quando entrou a Administração Clinton e Al Gore começou a conduzir a política ambiental, eu fui cortado. Não obtive mais um centavo da NOAA. Eles recusaram 13 propostas minhas, seguidamente”.

11. Artigo de James Woudhuysen e Joe Kaplinsky para o site Spiked (http://www.spiked-online.com/index.php?/site/article/2819/)

“E sobre o gelo e o mar? Gore adverte que, se o gelo da Groelândia ou da Antártica derreter, o nível dos oceanos subiria até seis metros. Seus mapas mostram a inundação da Flórida, São Francisco, Beijing, Calcutá e Países Baixos. A primeira página do jornal britânico The Independent vai além. Invocando o sumário da ONU como “a advertência final”, o ambientalista Mark Linas diz que, com a temperatura média subindo 5.4º, “o planeta inteiro ficará sem gelo (ice-free), e o nível do mar subirá 70 metros acima do atual”. Como os seis metros de Gore e os 70 do Independent se comparam com o sumário do IPCC? Este considera uma variedade de cenários, nos quais nenhuma política especial seja implementada para reduzir as emissões de gases estufa. Sua conclusão: Até 2100, o nível dos oceanos poderia subir entre 18 e 59 centímetros”.

“Em ciência climática nós precisamos mais conhecimento e menos reações impulsivas. Precisamos também manter a ciência aberta ao debate e não colocá-la no alto de um pedestal. Acima de tudo, nós precisamos conservar a fé na ação humana”.

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