Friday, July 06, 2007

Pallywood

Para ver mais sobre Pallywood, incluindo vasto material que revela alguns de seus casos mais famosos, ver The Second Draft’s dossier.

Pallywood: História

Definição
O termo Pallywood (referência a Hollywood, a indústria cinematográfica americana) se refere às cenas armadas por ativistas/jornalistas “palestinos“ como forma de mostrar seu “povo“ como vítima infeliz da brutal agressão israelense. Eles obtêm grande sucesso nessa empreitada, em grande parte devido a credulidade e a ânsia da imprensa ocidental em apresentar essas imagens que reforçam a falsa imagem do David palestino que luta bravamente contra o violento e opressor Golias israelense. Pallywood foi responsável por grandes erros cometidos pela imprensa ocidental, onde cenas grotescamente mal armadas eram regularmente noticiadas como “eventos reais“.
Esse texto tenta explicar como tais falhas ocorreram, provocando a atual situação.

Principais fases da criação e crescimento de Pallywood

Líbano, 1982
Os sinais mais claros da criação de uma indústria ’palestina’ de propaganda em forma de notícias veio da invasão do Líbano em 1982. Lá, pela primeira vez, a mídia parece ter abraçado uma posição abertamente hostil a Israel, o que levou a um artigo amplamente discutido chamado “J’Accuse” (Commentary, Setembro 1983), de Norman Podhoretz, que acusou os principais jornalistas, jornais e canais de televisão americanos de anti-semitismo. A hostilidade foi caracterizada pelos seguintes incidentes:

- - Usando o irmão de Arafat – Fathi Arafat – chefe do Crescente Vermelho (versão islâmica da Cruz Vermelha), fontes palestinas afirmavam que a ofensiva isralense foi responsável por 10.000 mortos e 600.000 refugiados. Sem sequer confirmar quantos habitantes viviam no sul do Líbano na época (aprox. 300.000), a mídia repetiu constantemente esses números (pp. 300-301), até que estes foram amplamente aceitos como verdade.

- - Repórteres comparando o cerco israelense em Beirute com a dos nazistas em Warsóvia.
De todos os cercos de cidades durante períodos de guerra no séc. XX, seria praticamente impossível achar uma comparação mais imprópria. Ainda assim a analogia entre israelenses e nazistas parece ter tido um apelo irresistível entre alguns jornalistas. Entre os repórteres mais agressivos estava Peter Jennings. Para uma discussão sobre seu trabalho veja aqui e aqui.

- - O uso de imagens notadamente falsas por uma imprensa ansiosa em acreditar no pior sobre o exército de Israel – inclusive imagens de destruições resultantes da guerra civil entre ’palestinos’ e libaneses, bebês mortos que não estavam mortos e etc. (pp. 353-389).

- - Cobertura dos massacres de Sabra e Shatilla, que dava a entender que os soldados israelenses eram os responsáveis pelo ocorrido, e a recusa em informar o porque da milícia cristã Falange Vermelha – a responsável pelo massacre – buscar vingança contra os “palestinos“.
Todos já ouviram falar sobre Sabra e Shatilla, mas só recentemente as notícias sobre o que ocorreu/está ocorrendo em Darfur começaram a chegar.
A diferença entre a cobertura das centenas de mortes em Sabra e Shatilla e as centenas de milhares de mortos no mesmo ano em Hama, uma cidade no centro da Síria, ilustra bem a propensão da mídia em focar obsessivamente qualquer ato israelense, não interessando a responsabilidade de Israel no fato, e o poder de intimidação, a cumplicidade e seu silêncio com relação aos árabes (ver Friedman, From Beirut to Jerusalém, chap. 4

- - Uso de textos gritantes informando ao espectador que as notícias apresentadas tinham sido vistas por “censores militares israelenses“. Nenhuma indicação semelhante sobre o papel que a “autoridade palestina“ exercia sobre as imagens que saiam de territórios sobre o seu controle era vista. Para uma discussão sobre a diferença do tratamento dispensado pela mídia entre a censura militar israelense (legal) e a censura “palestina“, baseada em intimidação e violência, ver pp. 353-387.

- - Relutância da imprensa – principalmente dos repórteres residentes – em revelar a grande brutalidade da PLO no “Estado dentro do Estado“ no sul do Líbano (ver pp 219-278).

- - Dada a ânsia da imprensa ocidental em sempre noticiar o pior dos israelenses – ao mesmo tempo em que evita fazer o mesmo com qualquer fato que seja desfavorável aos “palestinos“ –, sua suscetibilidade para a intimidação, os assassinatos de jornalistas que desagradavam a PLO e os seus padrões notadamente inferiores quando em territórios árabes, fizeram com que os “palestinos“ entendessem que eles tinham na mídia ocidental baseada no Hotel Comodoro, um valioso aliado – “Chairman Yasser’s Best Battalion” (Chafets, Double Vision, chap. 6).

Envenenamento de meninas “palestinas“, Jenin, Março de 1983
Um anos após o ocorrido no Líbano, Israel se vê novamente no meio de uma extensa e premeditada fraude, na qual várias meninas de uma escola de ensino médio afirmam terem sido envenenadas pelos “sionistas”. A história acabou se tornando um escândalo internacional, onde os noticiários de cada país informam tal quantidade de detalhes, que esse conto acabou se assemelhando a uma versão de Rashoman. Porém, nenhum questionou a veracidade das acusações sobre o suposto envenenamento, nem se a culpa poderia ser atribuída aos israelenses. Só depois de uma prolongada investigação ficou provado que nenhuma das meninas tinha sido realmente envenenada, e que membros da PLO tinham encorajado e obrigado as meninas e os funcionários do hospital a cooperar com a farsa.

O elemento mais importante da história, de acordo com a perspectiva da cobertura da imprensa, revela as seguintes falhas:

- - A imprensa israelense tomou as acusações como verdadeiras, e só após o término das investigações que eles concluíram que as acusações eram falsas.
- - A imprensa “palestina“/árabe, sem esperar por nenhuma confirmação, usou as acusações para incitar ódio e medo de isralenses. Nenhuma das evidências que inocentavam os israelenses trouxe alguma mudança em sua cobertura.
- - A imprensa ocidental (a européia com muito mais agressividade que a americana) apresentou as acusações como prováveis – isso quando não as apresentava como verdadeiras –, e quando evidências sobre a armação foram emergindo, simplesmente deixaram de cobrir o incidente, deixando os israelenses entre a mentira e o silêncio (between libel and silence).
- - As acusações de envenenamento constituem o primeiro caso claro de Pallywood: atrocidades encenadas por ativistas “palestinos“, onde israelenses são mostrados como assassinos cruéis de pobres e inocentes árabes. E tudo isso com o apoio da imprensa – local e estrangeira.

A primeira intifada, 1987 – 1991(?)
Durante a primeira intifada, a mídia transformou os “territórios ocupados“ na “brutalidade israelense contra a heróica ’resistência palestina’“. Aqui, pela primeira vez, nós podemos ver a clara colaboração entre repórteres – que eram previamente informados sobre acontecimentos, ou que pagavam para que eles acontecessem – e os árabes.
Já Israel, seriamente afetado pela campanha de difamação perpetrada pelos “palestinos“ e disseminada pela mídia, e sem meios de conter a violência terrorista, às vezes se via obrigado a recorrer ao fechamento dos territórios para imprensa estrangeira. Essa última, geralmente confraternizando no American Colony Hotel, na parte oriental de Jerusalém, supria os jornalistas “palestinos“ com cameras e outros equipamentos, para que estes fizessem a cobertura por eles. Isso marca a primeira vez que palestinos, usando a equipamento ocidental, supriram com suas imagens encenadas as agências internacionais de notícias.
Para uma interessante análise do comportamento da mídia durante a primeira intifada, onde a narrativa ’David palestino contra Golias israelense’ se tornou dominante, ver Jim Lederman, Battle Lines.

- - Atualmente um número cada vez maior de sites/noticiários vem descrevendo e denunciando a manipulação da mídia pelos 'palestinos', e o forte bias anti-Israel de muitos na grande mídia do ocidente.

- - Recentemente um cineasta “palestino“, produtor do filme “Jenin, Jenin” admitiu a falsificação de cenas pra fazer os israelenses 'parecerem maus'.

- - Jeff Helmreich documentou um padrão de violações dos códigos do jornalismo profissional que domina a cobertura do conflito.

- - Em uma entrevista David Bedein (media analyst) afirmou que, nos últimos 20 anos, os “palestinos“ manobraram a mídia para moldar o conflito na opinião pública mundial melhor que os israelenses.

- - Josh Muravchik denunciou o péssimo trabalho da mídia ocidental na cobertura da intifada e a equivalência moral na cobertura jornalística que só dá apoio a sociedades autoritárias.

- - Stephanie Gutmann, afirma no “The Other War: Israelis, Palestinians and the Struggle for Media supremacy” que Israel tropeçou no campo de batalha das páginas de editoriais, telas de TV e na internet.

A segunda intifada (“Al Aqsa“), outubro de 2000 – 2004(?)
A explosão da segunda onda de violência “palestina“ contra Israel veio, ironicamente, após as negociações de paz nas quais, de acordo com as fontes mais críveis, os israelenses ofereceram a maior parte da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e toda a Faixa de Gaza (inclusive com o desmantelamento dos assentamentos) em troca do fim da guerra com os árabes. Por um breve momento, Barak e os israelenses até conseguiram atrair alguma simpatia da opinião pública, enquanto Arafat passava por um raro período de desaprovação frente à comunidade internacional. Mas assim que a violência eclodiu novamente, e Israel já poderia mais uma vez ser culpado por ela, especialmente com as imagens de Muhamed al Durah sendo mostradas por todas as TVs ao redor do mundo, a opinião se modificou drásticamente e decisivamente.

Talvez a melhor forma de compreender como Pallywood pôde obter tamanho sucesso é examinar o que ocorreu no dia 29 de setembro, o dia seguinte à visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo/Haram al Sharif. Naquele dia, agências de notícias noticiavam violentos enfrentamentos entre o exército israelense e “palestinos“ enfurecidos com a visita de Sharon. A AP (Associated Press) publicou a fotografia de um jovem ensanguentado e ajoelhado em frente a um furioso israelense gritando enquanto segurava um cassetete.
Mas havia algo de errado. E não era necessário que nenhum expert afirmasse isso. Não existe nenhum posto de gasolina perto do Templo do Monte, assim, o local estava claramente errado. Mas os ’enganos’ excedem em muito apenas a mera localização, e um olhar mais atento sugere que o soldado israelense está gritando com alguém que está atrás do jovem ensanguentado, e não com ele. Na verdade, o homem ferido na foto não é um palestino, mas um judeu americano – estudante de um seminário religioso – que foi arrancado de seu carro por uma turba enfurecida de árabes, sendo depois espancado e apunhalado quase até a morte (levou meses se recuperando no hospital). Leia o testemunho do próprio Tuvia Grossman aqui.

Mas então o israelense não estava espancancando o rapaz, e sim o protegendo da violenta multidão. Entre muitos outros jornais, o New York Times, sem nem ao menos conferir quaisquer destes fatos, publicou a foto com a legenda errada. (para ver a vergonhosa atuação do NYT durante e após esse episódio, clique aqui)

Nada ilustra melhor o problema de expectativas que influenciam o que nós vemos e a forma como nós registramos isto: Os 'palestinos' são sempre as vítimas e os israelenses sempre os sempre os agressores.
O quadro ilustra bem o JP (Jihad Paradigm): “palestinos“ agressivos que iniciam a violência contra civis israelenses em Israel, e a moderação israelense (onde o policial sequer usa uma arma de fogo para se defender e proteger a vítima de uma multidão assassina).
Já a legenda descreve a fotografia, para que assim ela fique de acordo com o PCP (POLITICALLY CORRECT PARADIGM): israelenses agressivos atacam covardemente “palestino“ desarmado no ’terceiro lugar mais sagrado para o islam’ (e que vem a ser o mais sagrado para o judaísmo, mas que nunca é comentado).

Levou 4 longos dias para que o NYT reconhecesse o erro, identificando a vítima como ’Tuvia Grossman de Chicago’, e uma semana para que refizesse a história sobre o espancamento. Mas aí já era tarde demais, o dano já tinha sido feito. Não era apenas o PCP sendo confirmado, mas a imagem já tinha se transformado num emblema da vitimização dos “palestinos“. Apesar da retratação subseqüente, à partir daí, assim como foi com as venenosas acusações de 1983, as mídias árabes/palestinas e seus partidários no PCP2 (POLITICALLY CORRECT PARADIGM 2) continuaram usando a imagem como parte de sua narrativa de vítima dos “palestinos“. Até os dias de hoje, a foto de Tuvya adorna um cartaz que pede que todos boicotem a Coca Cola como meio de impedir os israelenses de matar mais palestinos como esse homem.

Com um enredo tão poderoso, que afeta (e transforma) a própria natureza das evidências que nos foram apresentadas pela MSM (Mainstream Media) durante a explosão da violência no outono de 2000, causa pouca (ou nenhuma) surpresa que no dia seguinte a mídia se apressou em apresentar outro pedaço de evidência já desqualificado que apoiava suu narrativa de PCP – O caso Muhamed al Durah.

Os motivos pelos quais é importante denunciar Pallywood
- - Pallywood distorce a opinião pública ocidental e do Oriente Médio
- - Agrava ainda mais a narrativa dominante da vítima inocente/agressor brutal, prolongando ainda mais o conflito
- - Perpetua a narrativa do Davi (“palestino“) contra o Golias (israelense)
- - Contribui para a demonização de Israel e o aumento do anti-semitismo
- - Uma MSM justa e confiável é essencial para uma sociedade civil saudável
- - Por causa de sua dramaticidade, Pallywood sofreu um processo de romantização no Ocidente, onde a “ resistência palestina“ é vista como heróica, e onde há uma eterna justificação e apologia dos métodos mais cruéis e desumanos para alcançar seus objetivos.

They’re beautiful, highly trained and deadly. They are the female suicide bombers.” Australia’s New Idea magazine, April 7, 2003.

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